quarta-feira, 10 de abril de 2019

INTRODUÇÃO À LEITURA DE ERICH FROMM


INTRODUÇÃO À LEITURA DE ERICH FROMM


Carlos Reis 
Eurico Carvalho

1.        Fromm e a Escola de Fraxicoforte


A formação de Erich Fromm tem as suas raízes no pensamento crítico da sociedade que se organizou em Francoforte em torno das figuras de, e em particular, Horkheimer, Adorno, Marcuse e, mais tarde, de Habermas. Essa escola propunha como modelo de análise um marxismo independente de forças partidárias enrique- cido com conceitos oriundos da psicanálise» O seu pensamento era «crítico» no quanto transcendia os quadros observacioinais sujeitos   a estudo, o qual, deste modo, conduzia a  um esforço conclusivo já de ordem macro-sociológica, aliás dentro dos cânones da socio- logia europeia clássica. Voltando-se para o indivíduo, a «escola de Francoforte», aliás um grupo de indivíduos que organizaram as suas ideias no âmbito do Instituto de Investigação Social da dita cidade, recria o movimento iluminista que teve a sua alva na «vira- gem helenística» do século IVa.C que inicia a preocupação pela emancipação do indivíduo. Como diz M. Landmann: «O pensa- mento social da escola de Francoforte enfrenta a sociologia em- pírica (...). A última é acusada de aceitar os factos sociais como factos quase neutros, análogos às ciências naturais [porque] «o feiticismo dos factos» é uma «glorificação de tudo quanto existe», e por isso é anti-iluminismo» ( 1).

Em termos de enciclopédia (2) Fromm é definido como (sic) «neo-freudiano, verbalista e culturalista» — etiqueta esta, mo en- tanto, por ele rejeitada se as suas consequências forem lidas num contexto antropológico tradicional (aqui a vacuidade é-nos alheia...). Na verdade, a abordagem frommiana assina-se como uma análise dinâmica das forças económicas, políticas e psicológicas em jogo na sociedade. Além do mais Fromm só é freudiano na medida em que considera por assim dizer, o «espírito da teoria», ou seja, o seu carácter revolucionário enquanto desmascaramento do pressuposto cartesiano do sujeito todo-consciente; não seguindo, por outro lado,   a «letra da doutrina», isto é, o referente redutor da sexualidade,  é concepção mecanicista do homem cristalizada na Libido por uma «burocracia analítica» e impotente para abrir novas portas.

Para abri-las, em todo o caso, impor-se-á por si no quadro dessa «análise dinâmica» o contributo do marxismo. De facto, o destino futuro da psicanálise impunha necessariamente, desde Freud, a integração de categorias sociais no conjunto dos seus elementos doutrinários e técnicos, originalmente voltados para a dimensão individual do paciente. Sendo nos primórdios apenas um método terapêutico, a sua dinâmica interna exigia uma extensão ao homem social para um maior alcance da sua penetração analítica — pro- jecto no qual se empenhou toda uma geração dissidente à ortodoxia freudiana, a «esquerda psicanalística», nela se destacando Reich e Marcuse. Com efeito, entre marxismo e psicanálise existe uma possibilidade real de aproximação das suas teses, de que Fromm pretende ser, aliás, uma específica síntese efectiva.

Em primeiro lugar, a psicanálise e o marxismo são ciências materialistas enquanto uma proclama a compreensão da bio-- grafia através da análise da estrutura instintiva e dos conflitos íntra- psicológicos num contexto individualizado pela experiência de vida (a da infância, em especial) e pela constituição^ física herdada, a outra traduz a importância histórica da socio-grafia tendo  por base a correlação das forças e meios de produção no quadro duma luta de classes.

Estão particularmente próximas na análise da consciência como reflexo de outras forças encobertas, quer como expressão de uma existência social específica, quer determinada por impulsos de ordem biológica. Portanto, em ambas as teorias se mostram e se demons- tram as ilusões da «falsa consciência», seja esta colectiva ou indi- vidual — comitantemente se supõe uma explicação essencial dessa (consciência, tanto em termos de «ideologia» como de «racionali- zação», deste modo se instaurando aquilo a que Fromm chama uma nova «dimensão de honestidade».

Conquanto o homem julgue no seu agir, agir como julga, deter- minado pelos seus próprios interesses e motivos, na realidade é motivado por forças anteriores ou alheias à sua consciência das mesmas.

Em Marx, por exemplo, a lógica do processo histórico antecede a lógica subjectiva dos indivíduos nele envolvidos. Numa sociedade de classes a consciência do homem é necessariamente falsa cons- ciência, ideologia, a qual dá ares de racionalidade a algo que, devido às condições inerentes a uma sociedade de classes, e em si irra- cional. A percepção consciente da realidade como motor da mu- dança é, para Marx, uma condição de progresso social e revolução, tal como é para Freud a condição para a solução terapêutica da doença mental. Marx, diz-nos Fromm, alheio aos problemas de terapia individual, não falou da percepção consciente como força motriz da mudança individual, mas, considerando todo o seu sis- tema, de modo nenhum constitui um esforço ilegítimo fazer essa conexão*

2.        Fromm e a Psicologia Social Analítica


A síntese frommia'na de marxismo e psicanálise envolve no quadro do progresso histórico o domínio social não só da Natureza mas também do próprio ser natural do homem, no qual as «racio- nalizações» se inscrevem como ideologias do comportamento social- mente exigido no âmbito mais vasto das relações entre indivíduos influenciados e determinados pelo esquema económico-social em que encontram ou não a realização das suas necessidades. Por isso mesmo o modo como as ideologias são produzidas e funcionam pode ser correctamente perspectivado se chegarmos a com- preensão do nosso sistema de impulsos. Assim o objectivo' da Psicologia Social Analítica consistirá na apreensão do verdadeiro nó conceptual entre marxismo e psicanálise: a caracterização do dispositivo instintivo de um grupo, do seu comportamento libidinal e predominantemente incosciente, em função da sua estrutura sócio-- económica. A psicanálise pode, pois, enriquecer a concepção global do marxismo num ponto específico. Pode fornecer um conhecimento mais objectivo de um dos factores essenciais no processo social: a 'natureza do próprio homem. O próprio complexo dos instintos do ser humano é uma das condições «naturais» a fazer parte da infra-estrutura do processo social Porque o materialismo histórico requer uma psicologia, isto ét uma ciência da estrutura psíquica do homem, sem dúvida, a psicanálise surge-nos como a primeira disciplina a responder a essa necessidade — e nessa medida tem cabimento um projecto como o da Psicologia Social Analítica.
Se Marx afirma que os homens são os produtos das suas ideologias, a Psicologia Social Analítica pode descrever empirica- mente o processo de produção dessas mesmíssimas ideologias e mais ainda, a interacção dos factores «naturais» e sociais. Pode mostrar como a situação económica é transformada em ideologia através dos impulsos do indivíduo. Por outro lado, não só o meca- nismo cultural serve para dirigir as forças libidinais em direcções específicas, socialmente desejadas, mas serve também para enfra- quecer as forças da libido até que deixem de constituir uma ameaça   à estabilidade social. Por conseguinte, toda uma parte do aparelho cultural serve para formar a atitude socialmente exigida de modo sistemático e metódico.
A estrutura libidinal (3) (mais tarde Fromm dar-lhe-á o nome de «carácter social») é o produto da influência das condições sócio-- económicas sobre os impulsos humanos; por sua vez, é um factor importante no condicionamento da evolução dos vários níveis da sociedade e no conteúdo da superstrutura ideológica. Em suma,  a estrutura libidinal de uma sociedade é o meio pelo qual a economia exerce a sua influência nas manifestações intelectuais e mentais do homem.
A Psicologia Social Analítica tem, pois, claramente, o seu lugar no contexto do materialismo histórico. Investiga um dos factores naturais actuante nas relações entre a sociedade e a natureza: o domínio dos impulsos humanos é o papel activo e passivo por eles desempenhado no processo social Assim averigua acerca da sua função decisiva e mediadora entre a base económica e a formação das ideologias* O seu método é o da psicanálise freudiana clássica aplicada aos fenómenos sociais♦ Explica as atitudes 'compartilhadas e sociavelmente relevantes em função do processo de adaptação do mecanismo dos impulsos às condições da vida sócio-económica da sociedade.
Daí a Psicologia Social Analítica — na terminologia from- miana — não se limitar apenas à rejeição de alguns aspectos do freudismo, mas também faz por conseglir complementá-lo noutros — o próprio carácter dinâmico, já referido, da ciência analítica freu- diana clama por essa integração complementar. Aliás, segundo Fromm, a crise da psicanálise («burocracia analítica», «psicologia do sofá», etc) é uma crise que se insere no contexto global e angustiante da própria crise vertical do mundo contemporâneo,

3,    Fromm e a Patologia da Normalidade


Rejeitando todo o relativismo sociológico, através do qual todo o carácter patológico é assimilado pragmaticamente; comoi desvio individual da norma vigente e funcional de uma determinada socie" dade, Fromm considera a existência de um critério universal de saúde mental para a espécie humana. Pressupondo a ideia de uma natureza humana, esse critério, porque universal, porá em causa toda a justificação «estatística» da normalidade, e nessa medida postula como mentalmente são tudo aquilo que vá de encontro à satisfação não das exigências sociais mas das necessidades criadas pela situação especificamente humana.
Admitindo-se essas necessidades, a estrutura do problema altera-se: a saúde mental passa a avaliar-se pelo grau de adaptação da sociedade à natureza humana, e não o contrário,

a)         A Situação Humana
'Partindo do conceito marxista da Natureza Humana, Fromm procura correlacioná-lo com a noção freudiana de inconsciente, autorizado pela própria concepção marxiana de impulsos consti- tuintes do ser natural do homem. Nos termos da teoria de Marx,   o comportamento humano é condicionado por variáveis «constantes ou fix [a] s, como a fome e o desejo sexual, que são parte integrante da natureza humana e só podem variar na forma -e direcção> assu- midas em diversas culturas; quanto às variáveis relativas não fazem parte integrante da natureza humana, mas [como diz Marx] devem   a sua origem a certas estruturas sociais condições de produção e de comunicação» ( 4 ),
A ideologia traduz os valores e objectivos propagados por uma sociedade; por outro lado, os impulsos relativos resvalam para defeitos socialmente modelados, quer dizer necessidades artificiais, isto é, justificações meramente ideológicas do «status quo» social. Desta forma ficam interligadas ideologia e alienação, enquanto perversão implícita duma natureza humana,
O ser humano superou os quadros coercivos das estruturas neurológicas herdadas em que se inscreve a  harmonia animal com a Natureza. Por isso, a condição humana é deveras peculiar; Noto- riamente surge a consciência. Contrapondo-se à vida animal, sim- plesmente «vivida», passiva e inconsciente, o homem transcende a sobrevivência existindo esta na maldição do seu destino e na ingente dicotomia da sua situação existencial, porque a  história é ele próprio. Conquistou-se a si mesmo num longo processo de ultrapassagem de uma fase narcísica de idolatria e totemismo, atin- gindo assim os primórdios da objectividade. Mas como a cada passo se abre o desconhecido, temos medo. Daí resulta a inelutável polaridade da existência — a encruzilhada do ser: para trás, a loucura incestuosa da refressão; adiante, o abismo do insondável,
É na tensão dessa polaridade existencial que todas as necessi- dades humanas essenciais são determinadas, A sua consciência exige uma estrutura de orientação, dentro de uma cultura que res- ponda ao problema fundamental da existência. Tal resposta é a definição própria de religiosidade, porque enquanto solução para o sentido da vida, enquanto horizonte, o cultural é sempre religioso e vice-versa. Transcendendo a Natureza o homem transcende-se a si mesmo, e neste movimento constrói a História,
Deduzidas da condição humana, as necessidades fundamentais, são a expressão dos factores reais que determinam a singularidade da existência» A sua satisfação acompanha a prossecução do pro- cesso histórico de auto-criação, efectivando-se aí a integridade da saúde mental. Rompendo a união primordial com a Natureza, abraça a solidão — o preço, afinal, de ser diferente. Tem de cons- truir o mundo dos homens, porque apearas se poderá encontrar no  relacionamento com os seus semelhantes, A orientação produtiva realiza a comparticipação e a actividade criadora, concretizando-se nas várias esferas, desde o pensamento, onde a compreensão ade- quada da realidade e condição da construção indeformada da mesma e de si próprio, até à dimensão da acção e do sentimento, ou seja,  da arte e do amor — neste deve cumprir-se o paradoxo duma união que mantém a identidade de cada um dos poios, concorrendo para  a plenitude da relação amorosa uma face erótica e outra fraterna, conjugando a função sexual com o aspecto qualitativo' duma fusão que promove a igualdade. Doutro modo teremos uma preversão do amor que, distanciado de si próprio, se perde em labirintos do sadoi-masoquismo, A qualidade particular de amar transcende o próprio objecto opondo-se à relação simbiótica, na qual o senti- mento de identidade é procurado na submissão ou no seu contrário, porque em ambos se paga o tributo da depeindência de subsumir-se no valor dos outros. Com efeito, o amor pressupõe a liberdade impossível na simbiose,
O fracasso de qualquer tipo de relação é o fracasso absoluto da própria existência — o narcisismo é a fuga para dentro de si, aonde tudo é ilusão. O homem não controla a realidade e muito menos se controla, já que o narcisismo é o polo oposto da objecti- vidade, da razão e do amor, A ausência de qualquer tipo de relação conduz a demência das religiões particulares.

 b)         O Carácter Social

 O carácter social estabelece-se a partir das condições reais de produção, das suas determinações no  plano da  organização social, e por intermédio da influência destes dois vectores na natureza humana a fim de garantir a estabilidade e o funcionamento optimi- zado de uma dada sociedade. Portanto, o carácter social é função  da realidade sócio-económica — não se obtém estatisticamente pela soma crua dos traços gerais do comportameento, ou seja, dos este- reótipos sociais. Nessa medida, a sua função é modelar e canalizar   a energia individual para assegurar a mecânica dos objectivos so- ciais, A ideologia é, afinal, o lubrificante imediato da relação viciosa do modus operandi da sociedade, que, neste caso, visa apenas a própria manutenção, O «tatus ideológico plasma-se, enfim, como carecter social, enquanto comportamento e em todas as for- mas redundantes que a ideologia assume, constitumdo o  elemento de construção de um quotidiano mimético. Neste contexto Fromm aponta a família como a «agência psíquica da sociedade» — a cor- reia de transmissão das exigências sociais à criança. A génese do carácter social é múltipla, explica-se na interacção dos factores socio- ideológicos, com predominância para a estrutura económica porque se impõe a longo prazo de maneira sensivelmente invariável, A estrutura económica adquire toda a sua força no facto de expressar  a premência da satisfação das necessidades de sobrevivência, O carácter social é a argamassa que pode transformar-se em dinamite, quando as condições externas se modificam a ponto de o colocarem em dissonância com modo de produção. Ele é o garante de uma harmonia perdida, ou melhor, de uma harmonia que cada vez mais pertence ao passado, e por isso se transmuda na areia da engrenagem social. Segue-se a tese de que cada sociedade trans- porta no seu seio o gérmen da sua própria destruição.

c)         A Alienação

 O capitalismo contemporâneo inflige na personalidade uma estrutura caractereológicamente deformada, traduzindo-se na orien- tação mercantil de que resulta o fenómeno da alienação. Diz-nos Fromm: «Para Marx, tal como para Hegel o conceito de alienação baseia-se na distinção entre existência e essência, no facto de a existência do homem ficar alheada da sua essência, de na realidade ele não ser o que potencialmente é, ou, por outras palavras de ele não ser o que deveria ser, e de ele dever ser aquilo que poderia ser» (5). Concretamente, o indivíduo é reduzido ao seu papel sócio-- económico a sua finalidade é vender-se com o maior êxito possível no mercado; ele é essencialmente um valor de mercado, foi transformado em valor de troca está alienado e não realiza as suas potencialidades, O indivíduo é coisificado para melhoir ser traduzido como número no enquadramento burocrático da realidade, no qual o «processo de quantificação e abstractificação  transcendeu o campo da produção económica e invadiu a atitude do homem para com as coisas, as pessoas e até  para consigo mesmo» ( 6 O homem perde-se e consequentemente perde a realidade como tal, uma vez que não se relaciona produtivamente com nada. À seme- lhança do fenómeno da idolatria (que o Antigo Testamento tinha referido), a alienação de si expressa-se no culto do resultado dos seus próprios actos idolatrizados forças estranhas de que perde a noção como o  fruto do seu esforço produtivo. Ele perde o sentido do eu como perde o sentido dos seus próprios poderes, entregando-se ao domínio de uma exterioridade repressiva que ele próprio criou — assim a criação eleva-se acima do criador, domi- nando-o anonimamente e receptando a sua identidade,

A orientação mercantil inocula uma finalidade compulsiva e irracional no consumo que se torna um fim em sL Fomenta-se uma atitude receptiva para escoamento das necessidades artificiais que o sistema desenvolve a fim de manter o princípio da produção pela produção, quer dizer do consumo pelo consumo, indispensável à sua própria sobrevivência que se impõe como objectivo último.

 POST SCRIPTUM

Este trabalho iniciou-se na perspectiva de realizar uma, sinopse interpretativa da obra de Erich Fromm, à «Psicanálise da Sociedade Contemporânea»; posteriormente evoluiu no sentido de  completar o circulo hermenêutico, inserindo a obra na totalidade do pensamento do autor.





(!) TAR, Zoltan, A Escola de Francoforte, '1986, Edições 70, p. 13-14
(2) Enciclopédia Luso-Brasileira, Lisboa, Verbo, Tomo 8, pp. 1721-1722.(3)        Sobre crítica de Fromm teoria Freudiana da Libido transcreve- mos uma passagem elucidativa, «...toda qualquer sociedade possui uma estru- tura Libidinal distinta, tal como tem as suas próprias estruturas económicas, social, política e cultural. Essa estrutura Libidinal é o produto da influência das condições sócio-económicas sobre os impulsos humanos; por sua vez, é um factor importante no condicionamento da evolução emocional nos vários níveis da sociedade e no conteúdo da superstrutura ideológica. estrutura Libidinal de uma sociedade é o meio pelo qual a economia exerce a sua influência nas mani- festações intelectuais e mentais do homem». Estamos portanto longe do inatismo mecanista da Libido Freudiana. No texto citado segue-se uma nota que é do maior interesse transcrever: «Aquilo a que chamei aqui a «estrutura Libidinal da sociedade», usando terminologia Freudiana, passei designar, nos meus tra- balsos ulteriores, como «carácteir social»; apesar da mudança na teoria da Libido,   os conceitos são os mesmos». FROMM, Erich, Crise da Psicanálise, oitava edição, Rio de Janeiro, 1971, p» 159.
(4)             FROMM, Erich,  Conceito  Marxista do  Homem,  oitava  edição,  Rio  de Janeiro, Zahar Editores, 1975, p. 35.
(5)               Opus, cit, p. S5.
(6)             FROMM, Erich, Psicanálise da Sociedade Contemporânea, décima edição, Rio de Janeiro, 1983, pp, !lili7-dT8.



 INTRODUÇÃO À LEITURA DE ERICH FROMM
 Erich Fromm tenta o diálogo entre Marx e Freud, um encontro entre a teoria crítica da  sociedade e  a  da sua consciência. Este é o ponto de partida para uma crítica das ideologias, ou seja, uma análise do que o Autor considera a patologia dos comportamentos que se codificam num «Carácter Social», peça-móvel e articuladora da infra e da superstruturas. O cimento, mas também a dinamite, que estão na origem e nos objectivos duma estratégia global de manipulação da(s) exigência(s). A 'nossa intenção é apresentar uma recensão crítica, que apela para o seu universo teórico originaL

 SUMMARY of «Introduction to Erich Fromin's Thought»

 Erich Fromm tries a dialogue between Marx and Freud, producing a meeting between the critical theory of society and the one of its conscience. This is the starting point from where a critic of ideology departs, which means  an analysis of what the Author considers a pathology of those actions codified as «Social Characters something like an articulation of 'the infra and the super- structure. The ciment, but also the dynamite that stands at the origin and the goals of a global strategy to manipulate motivations. Our purpose is to present  a critical epitome, that appeals to its original theoretic universe.



RÉSUMÉ de «Introduction à la Pensée de Erich Fromm»


 Erich Fromm essaie un dialogue entre Marx et Freud, un  rendez-vous de  la théorie de la société et celle de la conscience. Ceci représente le point de départ d'une critique de l'idéologie, c'est-à-dire, une analyse de ce que l'Auteur considère la pathologie de ces actions codifiées comme un «Character Social», quelque chose semblable à une articulation entre l'infra et la superstructure. Le ciment, aussi bien que la dynamite qui est à l'origine et dans les objectifs d'une stratégie global de manipulation des motivations. Notre propos est de présenter un épitome critique, qui fait appelle à son univers théorique originaire.

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